Mais uma vez, a arrogância CRISTÃ criando leis opressivas que beneficiam os dogmas bíblicos ultrapassados e igrejas de todo tipo (nossa! Queria saber quantas variações tem deste dogma tão ilegítimo e preconceituoso). De novo, políticos preocupados com o que eles chamam de moral, ética e bons costumes. Fico me perguntando onde está a moral do Cristianismo? Na Bíblia?! Minha nossa... que guia moral contraditório, sanguinário e nauseante. O que o CRISTIANISMO CONSIDERA ÉTICA?! Há alguma ética em qualquer igreja cristã que seja?! Não, não há. Todas estão vendendo amor e ódio de um pretenso deus (Jeová, deixe de timidez, querido! Apareça!). Algumas xingam outras igrejas também CRISTÃS de fundamentalistas, mas quando se analisa e se conhece de perto, tão fundamentalista quanto! Parece que agora todo mundo resolveu falar pelo deus cristão (que mais me parece um deus com sérios problemas, Freud explica), para abrir seu próprio negócio ao invés de parar de enganar os outros e abrir a própria mente. Bons costumes, o que seria isso? Pautado em quê? Perguntei à autora da Lei e ela me deu uma resposta vaga, sem sentido, sem lógica. Penso que MORAL e ÉTICA são conceitos bem mais amplos do que os concebido pelo CRISTIANISMO. Moral, ética e bons costumes baseado neste dogma resume-se em: "Vamos Ser hipócritas, esconder nossas falhas, camuflar nossos erros e aparentarmos 'bons mocinhos e mocinhas'". Segue todo mundo comportadinho, colocando a sujeira pra debaixo do tapete, omitindo o que o seu tão amado livro "sagrado" diz, para se sentir amado por deus.
Dentro da abordagem acerca de moral, ética e bons costumes, poderíamos começar pela própria política (se é que se fala de ética, moral e bons costumes em seu sentido mais amplo, nada superficial como o religioso). Que tal começarmos sugerindo o não desvio de verbas públicas?!
Resumo da ópera: LEI PARA ENFATIZAR O PROSELITISMO RELIGIOSO. Que diga-se de passagem, está demais. Eu diria enojante. Sites de tudo que é tipo de igreja, sites que fazem propaganda de igrejas, livros e afins. Está realmente insuportável e exagerado. Estão confundindo fé individual com RELIGIÃO. Me desculpem, mas religião é o câncer da humanidade. Fé individual é algo de foro tão íntimo que não precisa ser gritada, não precisa de templos, não precisa de pseudos "irmãos", nem dessa nojentice hipócrita que rola em cultos. Vejo mais idolatria de pastores do que FÉ. Sua fé individual eu respeito. Religião organizada, de jeito nenhum!
Queria saber qual a intenção de Myrian Rios com esta lei. Enquanto seu Estado está abandonado, tomado pelo crime organizado e muito mal cuidado, acredito que a preocupação dela é a mesma que ela demonstrou na Alerj. Um grande desrespeito, um conceito errôneo, pejorativo acerca da homossexualidade. Não, eu não me esqueci destas palavras.
Gostei de vários vídeos do Youtube e vou postar aqui. Em pleno século XXI, o ser humano caminha para a ignorância e homossexuais cristãos se entregam sem perceber, à uma ditadura religiosa, perseguição em cima dos gays, intolerância, violência e mortes. E ainda tem gente que faz piada com isso. Sempre Danilo Gentili e sua tropa de babacas. Não uso 1 palavra sequer para defender qualquer igreja cristã. Chega, já deu, a mentira funcionou, mas fiquem com ela pra vocês! Não queiram nortear a vida alheia por um livro cheio de crueldades, que mostra um deus confuso, ciumento e bipolar. Por favor, fiquem com a ignorância para vocês. Eu consegui sair desta prisão. Ao mesmo tempo que me sinto livre, sou oprimida pelos que tem "deus no coração" mas que acham minha existência absurda. Um "amor ao próximo" tão estranho quanto o próprio deus em que acreditam. Me poupem disso! É bobagem demais para o meu gosto! Agora seguem os vídeos (alguns fora do assunto, mas que podemos fazer ligação em nosso cotidiano):
Um recado aos homossexuais cristãos: Parem de ler esses lixos de livros religiosos. Além de estarem comercializando, estão comercializando seu cérebro. Vamos ser mais racionais. Racionalidade não tem nada a ver com caráter, sentimentos e coisas INERENTES a nós seres humanos. Eu deixei de amar a deus para amar meu próximo. Como diz uma frase, "O amor é um deus que me basta". Estou farta de gente vomitando santidade e dando as costas para o próximo, estou farta dessa falsidade, dessa hipocrisia e mesquinhez de sentimentos. Sou humana demais para isso. Parem de adorar a bíblia, esse livro que ODEIA TODA a humanidade, e ensina a intolerância, o ódio e a separação dos que são "diferentes". Sejam honestos intelectualmente... Ninguém nasce religioso. A elite dominante simplesmente nos impõe a crença na intenção da dominação. Pura manipulação.
Sobre a HIPOCRISIA:
hipocrisia vem
do Grego HYPOKHRINESTHAI, “representar um papel, fingir”, formado por
HYPÓS, “abaixo”, mais KRINEIN, “separar, escolher, peneirar”. A
evolução do sentido foi de “separar gradualmente” para “responder”, para
“responder dentro de uma peça de teatro”, para “representar, fingir um
papel”. E o nome de Hipócrates vem de HIPPOS,
“cavalo” mais o verbo KRATEO, “eu domino”. É um nome muito antigo, que
refletia a época em que uma pessoa que controlava um cavalo se destacava
no seu meio. Veja que ambos os prefixos eram totalmente
diferentes (inclusive na pronúncia), mas acabaram sendo iguais em nosso
idioma, por conta das simplificações de grafia. em Origem da Palavra.
Excelente filósofo, Mário Sergio Cortela que fala sobre vários assuntos. Alguns trechos parte da palestra "Não Nascemos Prontos".
Ganhei uma homenagem e meu texto foi um dos mais curtidos da página no dia... Fiquei muito feliz. Nada de Ego inflado, nada disso. Acho que fui compreendida em minha mensagem. Que lindo isso, que sensível por parte de Libertária. Não sei seu nome. Mas a página consegue colocar pensamentos profundos com suavidade...
"Mil perdões aos adultos... Mas quem sabe amar de verdade são as crianças. O amor é infantil inconsequente inadiável. Uma ingenuidade perdoável... Demonstra sua melhor qualidade, quando não impõe condicionalidade. O amor só é complicado e difícil, para quem ainda não chegou ao seu significado. Meu amor é pueril na melhor intenção da palavra
Mil perdões aos adultos... mas quem sabe amar de verdade são as crianças. O amor é infantil, inconsequente e inadiável. Demonstra sua melhor qualidade quando não impõe condicionalidade. O amor é infantil... Uma ingenuidade perdoável... Meu amor é pueril na melhor intenção da palavra... O AMOR é só é complicado e difícil para quem ainda não chegou ao entendimento de seu significado. Amar é simples...
"Amor não é se envolver com a pessoa perfeita,
aquela dos nossos sonhos.
Não existem príncipes nem princesas.
Encare a outra pessoa de forma sincera e real, exaltando suas qualidades, mas sabendo também de seus defeitos.
O amor só é lindo, quando encontramos alguém que nos transforme no melhor que podemos ser." (Desconhecido)
Despertar, sob a luz de um novo dia e renovar
Encontrando nova força para Amar
Em tempos difíceis Descobrir
Sem querer o quanto é frágil
Decidir
Escolhendo cada passo onde ir
Num futuro incerto Não é fácil, prosseguir apagando da memória
Tudo aquilo que fez a nossa história
Nossa vida de novo começar Eu canto ao vento
Que beija os meus cabelos num alento
Eu canto ao mar
Que apaga os meus sentidos, e me faz
Recomeçar Decidi avançar o meu caminho
Sem deixar
Que o passado, o destino, possam destruir
Uma vida honesta Revirar
Alegrias e lamentos
Entender, que só mesmo o próprio tempo
Nos dará, todas as respostas Não é fácil, prosseguir apagando da memória
Tudo aquilo que fez a nossa história
Nossa vida de novo começar Eu canto ao vento
Que beija os meus cabelos num alento
Eu canto ao mar
Que apaga os meus sentidos, e me faz
Recomeçar Eu canto ao vento
Que beija os meus cabelos num alento
Eu canto ao mar
Que apaga os meus sentidos, e me faz
Recomeçar...
A vida me deixa tão perplexa e fico me perguntando tantas coisas... Como viver neste mundo repleto de egoísmo, arrogância, interesse, maldade, falsidade e mentira? Vejo que a própria vida nos aponta as respostas e cada vez mais, ela tem me mostrado que somos uns pelos outros e nada mais. Somos pequenos, somos o quase nada quando somos desprovidos de sentimentos que nos fazem pensar em nosso próximo. Ou fazemos pelos outros, ou ninguém fará. Podemos nos contorcer no chão, implorando a qualquer ser imaginário que não adianta. Mesmo assim, tanta gente conta com seres humanos e se dói por incomodarmos seus amigos fantasmas... Vejo hoje, pessoas que sempre tiveram fé, caráter, empatia sofrendo tanto, passando por tantas coisas que julgo estúpidas, completamente desnecessárias. Vejo pessoas com a possibilidade de permanência ou partida por uma simples questão de sorte ou não. Questão de competência médica ou não. Tenho cuidado e me preocupado cada vez mais com uma pessoa da família e isso me deixa deprimida, por ver o quão frágil está. E quando soube notícias a respeito de uma amiga que está com uma doença gravíssima, não suportei. Lágrimas inevitavelmente caíram de meus olhos e mil pensamentos na cabeça fervilhando. Mas decidi tomar atitude. Uma amizade de tantos anos, que infelizmente, por vários motivos da vida cotidiana, culminou com o afastamento. Seres humanos não se importam muito. Mas gente é assim: se propõe a encarar junto, a dar força, a dar apoio, a estar ao lado. É em nossos piores momentos que reconhecemos GENTE de verdade. Problemas todo mundo tem. Mas quando amamos e somos amigos de verdade, guardamos os nossos para estender a mão a quem nos necessita. Não, isso não é papo de religioso. Não tenho fé alguma, mas disse: "amiga, não acredito em nada, em deus nenhum. Mas se você tem fé, pode ser que te ajude, pois respeito sua crença individual". É uma amizade verdadeira reencontrada na dor. Mas tenho certeza que continuará no riso, depois que tudo isso passar. Sou muito grata a esta amiga, pois em situações difíceis pra mim, ela segurou em meu braço e me ofereceu seu ombro. E disso, não me esquecerei jamais. Hoje, vou oferecer meu braço e meu abraço a ela. Matar a saudade e continuar nossa amizade de 15 anos nesta caminhada insegura e incerta que é a vida. Estarei do lado destas pessoas, tanto da pessoa de minha família, quanto de minha amiga, sempre que precisarem de mim. E eu acredito que com carinho, atitudes, cuidado, empatia, paciência, tudo dará certo. Também não estou livre disso. A vida nem sempre avisa...
Uma música que me faz pensar neste tipo de situação, da qual ninguém pode fugir...
Música Maravilhosa do Pato Fu: "Canção Pra Você Viver Mais"
A vida é tão sutil, tão cruelmente linda que ela passa sorrateira e não percebemos...
Que todos meus amores vivam mais... E vivam muito mais que eu...
Quero também um jatinho particular, uma casa na praia... Deus ajuda tanta gente... enriquece tantos pastores por exemplo... O que é uma Mercedez Benz para deus? Ele não pode tudo?!
Mercedes Benz
Janis Joplin
Mercedes Benz
Eu gostaria de fazer uma canção de uma grande importância social e poética
Segue assim
Oh Senhor, você não vai me comprar uma Mercedes benz ?
Todos meus amigos dirigem porsches eu preciso compensar.
Trabalhei duro a vida toda, sem ajuda dos meus amigos,
Então Senhor, você não vai me comprar uma Mercedes Benz?
Oh Senhor, você não vai me comprar uma TV a cores ?
"Dialing For Dollars"(Prog.deTV) está tentando me encontrar.
Eu espero pela entrega cada dia até as três,
Então Senhor, você não vai me comprar uma TV a cores?
Senhor, você não vai me comprar uma noite na cidade ?
Eu estou contando com você, Senhor, por favor não me desaponte.
Prove que você me ama e pague a próxima rodada,
Então Senhor, você não vai me comprar uma noite na cidade ?
Todo mundo!
Oh Senhor, você não vai me comprar uma Mercedes Benz?
Todos meus amigos dirigem porsches eu preciso compensar.
Trabalhei duro a vida toda, sem ajuda dos meus amigos,
Então Senhor, você não vai me comprar uma Mercedes Benz?
Tenho pensado bastante sobre a indiferença. Seria ela uma forma de covardia? Seria uma forma de fuga, do não comprometimento, da não exposição? Só sei que eu também odeio os indiferentes... Segue um texto belíssimo de Antonio Gramsci, texto retirado do livro "Convite à Leitura de Gramsci"
"Odeio os indiferentes. Como Friederich
Hebbel acredito que "viver significa tomar partido". Não podem existir
os apenas homens, estranhos à cidade. Quem verdadeiramente vive não pode
deixar de ser cidadão, e partidário. Indiferença é abulia, parasitismo,
covardia, não é vida. Por isso odeio os indiferentes.
A indiferença é o peso morto da história. É a bala
de chumbo para o inovador, é a matéria inerte em que se afogam freqüentemente os
entusiasmos mais esplendorosos, é o fosso que circunda a velha cidade e a defende
melhor do que as mais sólidas muralhas, melhor do que o peito dos seus
guerreiros, porque engole nos seus sorvedouros de lama os assaltantes, os dizima
e desencoraja e às vezes, os leva a desistir de gesta heróica.
A indiferença atua poderosamente na história. Atua
passivamente, mas atua. É a fatalidade; e aquilo com que não se pode contar; é aquilo que
confunde os programas, que destrói os planos mesmo os mais bem construídos; é a
matéria bruta que se revolta contra a inteligência e a sufoca. O que acontece, o
mal que se abate sobre todos, o possível bem que um ato heróico (de valor
universal) pode gerar, não se fica a dever tanto à iniciativa dos poucos que
atuam quanto à indiferença, ao absentismo dos outros que são muitos. O que
acontece, não acontece tanto porque alguns querem que aconteça quanto porque a
massa dos homens abdica da sua vontade, deixa fazer, deixa enrolar os nós que,
depois, só a espada pode desfazer, deixa promulgar leis que depois só a revolta
fará anular, deixa subir ao poder homens que, depois, só uma sublevação poderá
derrubar. A fatalidade, que parece dominar a história, não é mais do que a
aparência ilusória desta indiferença, deste absentismo. Há fatos que amadurecem
na sombra, porque poucas mãos, sem qualquer controle a vigiá-las, tecem a teia da vida
coletiva, e a massa não sabe, porque não se preocupa com isso. Os destinos de
uma época são manipulados de acordo com visões limitadas e com fins imediatos,
de acordo com ambições e paixões pessoais de pequenos grupos ativos, e a massa
dos homens não se preocupa com isso. Mas os fatos que amadureceram vêm à
superfície; o tecido feito na sombra chega ao seu fim, e então parece ser a
fatalidade a arrastar tudo e todos, parece que a história não é mais do que um
gigantesco fenômeno natural, uma erupção, um terremoto, de que são todos
vítimas, o que quis e o que não quis, quem sabia e quem não sabia, quem se
mostrou ativo e quem foi indiferente. Estes então zangam-se, queriam eximir-se
às conseqüências, quereriam que se visse que não deram o seu aval, que não são
responsáveis. Alguns choramingam piedosamente, outros blasfemam obscenamente, mas
nenhum ou poucos põem esta questão: se eu tivesse também cumprido o meu dever,
se tivesse procurado fazer valer a minha vontade, o meu parecer, teria sucedido
o que sucedeu? Mas nenhum ou poucos atribuem à sua indiferença, ao seu
cepticismo, ao fato de não ter dado o seu braço e a sua atividade àqueles grupos
de cidadãos que, precisamente para evitarem esse mal combatiam (com o propósito)
de procurar o tal bem (que) pretendiam.
A maior parte deles, porém, perante fatos
consumados prefere falar de insucessos ideais, de programas definitivamente
desmoronados e de outras brincadeiras semelhantes. Recomeçam assim a falta de
qualquer responsabilidade. E não por não verem claramente as coisas, e, por
vezes, não serem capazes de perspectivar excelentes soluções para os problemas
mais urgentes, ou para aqueles que, embora requerendo uma ampla preparação e
tempo, são todavia igualmente urgentes. Mas essas soluções são belissimamente
infecundas; mas esse contributo para a vida coletiva não é animado por qualquer
luz moral; é produto da curiosidade intelectual, não do pungente sentido de uma
responsabilidade histórica que quer que todos sejam ativos na vida, que não
admite agnosticismos e indiferenças de nenhum gênero.
Odeio os indiferentes também, porque me provocam
tédio as suas lamúrias de eternos inocentes. Peço contas a todos eles pela
maneira como cumpriram a tarefa que a vida lhes impôs e impõe quotidianamente,
do que fizeram e sobretudo do que não fizeram. E sinto que posso ser inexorável,
que não devo desperdiçar a minha compaixão, que não posso repartir com eles as
minhas lágrimas. Sou militante, estou vivo, sinto nas consciências viris dos que
estão comigo pulsar a atividade da cidade futura que estamos a construir. Nessa
cidade, a cadeia social não pesará sobre um número reduzido, qualquer coisa que
aconteça nela não será devido ao acaso, à fatalidade, mas sim à inteligência dos
cidadãos. Ninguém estará à janela a olhar enquanto um pequeno grupo se
sacrifica, se imola no sacrifício. E não haverá quem esteja à janela emboscado,
e que pretenda usufruir do pouco bem que a atividade de um pequeno grupo tenta
realizar e afogue a sua desilusão vituperando o sacrificado, porque não
conseguiu o seu intento.
Vivo, sou militante. Por isso odeio quem não toma partido, odeio os indiferentes."
A filosofia surge bela, engrandecida em oposição à estupidez das religiões... A filosofia te mostra caminhos e você decide qual percorrer. Dogmas te mostram um único caminho.
Bastante visualizações por aqui, né?! Pouco há de ficção... apenas achei interessante e irônico colocar assim... Mas não sou um blog, não sou um perfil, não sou apenas meus pensamentos - alguns adoráveis para alguns e odiosos para outros... E como diz Pitty em uma de suas músicas: "Sou mais do que seu olho pode ver..." Isso me lembrou algo, mas deixa pra lá...
Não foi choro. Apenas olhos que não se fecharam para dormir.
"Eu,chorando.Tãoprevisível quanto areia no deserto.Mais patético sem ninguém por perto.Tão imenso que não dá mais pra conter". (Pitty)
Adoro a Pitty e essa baianinha é foda! "Só não desonre o meu nome..."
Nada é mais generoso e cruel; previsível e imprevisível como o tempo... Talvez o que eu esteja tentando pensar é sobre o tempo que passa pelos ponteiros do relógio, mas não é apenas isso... É o tempo contado pelos ponteiros dos relógios e quando se vê, passaram-se dias, meses, anos, décadas... É o tempo que se mostra no ritmo do meu corpo, no reflexo de minha imagem... E todo esse tempo de nossa vida é de esperas, decepções, alegrias, sorrisos, choros, presenças e ausências. Esse mesmo tempo que me traz amadurecimento, marcas em meu rosto, marcas na minha existência. Amadurecimento este, que faz com que eu não me importe mais se algumas pessoas decidiram se ausentar da minha vida ou me afastar da vida delas. Se alguém se ausenta é por quê nunca tive importância, e se alguém me afasta é por quê sou indesável. Sei que isso não é odiar, pois acredito muito que o ódio está muito próximo do amor. Isso nada mais é do que indiferença. Particularmente, não gosto de indiferentes. indiferentes não amam, não sentem paixão, nunca querem, apenas aceitam. Indiferentes, agem com uma morbidez impressionante e isto pode ser danoso...
Talvez por não ser indiferente é que não tenho medo de mudar, pois acredito que tudo e qualquer pessoa, seja passível de mudança (a não ser retirar um cadáver de um caixão e dar-lhe a vida novamente. Isto sim, é evidentemente, impossível). Sou sonhadora ou sou guerreira? Não sei. Acho que sou um misto dos dois.
Tempo me lembra caminhos... Penso que não temos um caminho único a ser percorrido na vida. Vejo a estrada com várias setas indicativas: "caminho árduo, mas vale a pena", "por aqui é mais fácil, a estrada é excelente, mas ela segue sempre em linha reta, é tediosa!" E assim vivemos: caminhando e escolhendo caminhos e qual a ser percorrido, depende exclusivamente de nós. Nós temos o poder de escolha. Uma pena que muita gente prefira o da estrada em linha reta, pacata, sem novidades, sem emoções. O que não é diferente de a estrada terminar em um precipício e quando percebe-se que está caindo, o arrependimento... Ah... tarde demais.
Há também os que caminham descalço até sangrar os pés, mas continuam, persistem. Há os que caminham em volta de um círculo, sem ter coragem de dar um passo fora dele. E também, os que caminham com muletas sem a necessidade delas, pois se acham fracos demais para seguirem sozinhos... Desconhecem o poder da coragem, de colocar a cara a tapa, de expor o rosto ao vento, ao sol, à chuva, ao calor, ao frio: ceder às sensações.
Sensações podem ser ruins, podem ser boas... mas evitar senti-las, é procurar a morte em vida, é decidir enfrentar o estado vegetativo da alma. Alma pra mim, foge do sentido simplista com que é colocado por dogmas. Alma sou eu, o que me anima, o que me faz seguir em frente. Alma é uma composição de experiências, vivências futuras, sonhos e desejos. Alma é amor, é paixão, é ódio também, que geralmente, não prevalece nas pessoas de boa índole. Enfim, tudo que se pensa, que se deseja, se vivenciou, se vivencia e se vivenciará.
O que é melhor para você?
Vegetar na espera do tempo e ver seu olhar se desconfigurando diante do espelho, borrado e apagado?
Ir pela mesma estrada pacata se protegendo das sensações, do frio, do calor, do sol e da chuva?
Usar muletas, andar em círculo, sem um pingo de coragem de largá-las para perceber a beleza existente lá fora?
Sabe, eu prefiro olhar meu reflexo no espelho - envelhecido a cada segundo - e pelo menos, saber que meus olhos dizem: EU TENTEI... Prefiro um caminho árduo que pode me proporcionar belezas inimagináveis e quando chegar à exaustão, parar e dizer: "Nossa, como isso valeu a pena!". Quero que o sol, a chuva, o vento queimem meu rosto, mas continuar descobrindo as intermináveis sensações por simplesmente, ter CORAGEM...
E quando eu souber que a vida não me dará mais caminhos, que é fim de linha, partir sorrindo e pensar: tudo que fiz foi por amor, foi por escolha e decisões minhas. Errei sim, mas muitas vezes, acertei em cheio. Posso não agir como algumas pessoas desejam, mas meu caminho é da verdade, mesmo que me seja árdua, que me custe caro, que me sobre antipatias, impressões errôenas; que me machuque e que eu leve comigo quando partir. Ainda prefiro assim... Minha existência não é uma mentira... Sinto muito pelos que não aguentam a verdade dela e brincam com isso. A vida já me mostrou que não vim ao mundo para brincar com ela. Cheguei para lutar, sobreviver e sobretudo, VIVER. Não é de meu desejo tornar minha existência vegetativa. Muitas vezes, procurando acertar, erro também. E quase sempre, nossos acertos se tornam erros pela covardia alheia, pelos mórbidos INDIFERENTES. Os mesmos que acham que nossos erros são perfeitos e não conseguem enxergar as coisas com a delicadeza necessária.
Por muito tempo em minha vida, acreditei ser um erro. Hoje eu vejo que sou acerto. Sou verdadeira, sou objetiva, não brinco com a vida. Sobrevivo diante dos que tentam me fazer desistir, dos que tentam morbidamente fazer de meu sofrimento, o seu prazer. Melhor do que brincar com a vida (e o que é mais preocupante: brincar com a vida dos outros) é brincar DE vida...
Mesmo lentamente, absorvo experiências, sabendo que posso me ferir ou fazer com que perceba o que há de maravilhoso, o que valeu e vale a pena. O quanto posso me tornar grande diante dos olhos de quem nada significo. Para isso, só preciso de pessoas dispostas para me entender, para me amar e para estarem ao meu lado, reconhecer meus acertos sem me culpar pelo resto da vida, pelos meus erros... Estas, eu sei que são poucas. Mas elas existem ainda...
Esta postagem surgiu após encontrar coisas antigas, dentre manuscritos, sonhos, fotografias envelhecidas... Não acredito que seja saudosismo. Apenas uma reflexão em cima do que andei pensando durante o dia...
Revendo manuscritos, encontrei isso:
"Parte de mim
quer ser sua.
E então procuro
Sua voz
Que viaja por lembranças...
E vejo seus sussurros
Ouço seu olhar
Me dizendo que me deseja
Não sei, não entendo...
Mesmo assim,
Gosto de ouvir
O seu olhar me desejar..." (1992)
"Garotas em um barco" de Claude Monet
Vander Lee - Aquela Estrela
Para terminar, quero dizer que este blog é despretensioso. Não tenho a menor intenção do exibicionismo, nem penso que isso me trará status. Não tenho e não preciso de status.
Falo de tantas coisas. E essas tantas coisas podem causar mais indiferença que amor... Não estou pedindo aqui, para ser amada, nem odiada. Apenas uma forma que encontrei para expor meus pensamentos e sentimentos. Não sou escritora, não sou filósofa, sou apenas humana.
Humanidade: talvez seja apenas isso que torne pessoas interessantes...
Fraquezas humanas e a arte de viver... ou permanecer vivafazendo com que outros vivam...
Eu choro também... e tenho chorado muito nos últimos dias ao perceber o quanto somos vulneráveis, o quanto somos fracos e impotentes diante da estupidez com que se mostra a vida. Nascer já é um sofrimento que se percebe à medida em que se cria consciência da existência, pois a idéia de estar viva, traz a idéia estúpida do sofrimento da morteou da perda. Mas o que seria a vida, se não fosse a morte?! E vice-versa. Por isso que penso muitas vezes, o quanto o ser humano é tolo. Sim, extremamente tolo: orgulho, arrogância, falsidade, desonestidade, preconceitos, violência... Se já temos a consciência de que nosso espaço na vida é curto, pra quê tanta besteira? Pra quê isso?! Considero a vida efêmera e temos que sair dela aproveitando o que for possível, sem que morramos por dentro... Infelizmente, algumas coisas nos matam por dentro e demora para que recuperemos o "fôlego". Eu não temo a morte, pois não tive medo de nascer e continuar encarando a vida mesmo com todas as pedras no caminho da vida, tropeços e corpo "pesado" para levantar do chão. Acho que aos poucos vou perdendo este peso existencial, de sentir o que é a vida, nua e crua e mesmo assim, mesmo que me arraste, enxergar as coisas com ternura, com paixão, com amor e empatia. Sou atéia, não acredito mesmo em nada. Porém, isso não faz de mim, mais ou menos infeliz. Pelo contrário, acredito ter ficado mais sensível, olhado mais para o interior das pessoas e com bastante empatia depois do meu rompimento com religião/fé. Pessoalmente, me considero bastante diferente da Rô atéia militante, convicta. Não que eu não seja convita, mas costumo ser dura e sincera em minhas palavras. Não há outra forma de viver a vida... Sinceridade sempre que possível. Grosserias, inevitável acontecerem... mas há um lado meu que muita gente se recusa a conhecer... Até falei hoje com uma pessoa sobre isso. Disse que sinto um profundo amor pela humanidade. Penso muitas vezes, que meu lugar é estar fazendo trabalho humanitário em lugares miseráveis e não fazer algo neste sentido, me faz sentir falta de algo, causa um vazio. Nunca falei sobre isso com ninguém, eu acho... mas acho que me sentiria mais feliz ajudando a quem realmente precisa. Ajudando os mortos em vida. Falo que rompi com a fé, mas não é verdade: Tenho fé... NOS SERES HUMANOS de boa vontade, limpos, éticos, generosos e gentis. Essa é minha fé. E penso que o mundo só não está pior, pela existência de pessoas assim. Ei, somos todos fracos. Sim, somos todos fracos uns sem os outros. E mesmo que haja muita desunião, muitas brigas por conta de EGOS inflados, somos fracos... Percebo isso cada vez mais, à medida que me passam os dias. Meu olhar não é indiferente ao mundo. Tampouco às pessoas. Quando penso nisso, penso em uma música... ela me faz chorar... Uma bela reflexão para pessoas que se enxergam em um topo que não existe...
Reconhecer as próprias fraquezas, admiti-las e tentar melhorá-las é ser realmente humano, descer do pedestal... Tem gente que se acha demais... E penso que talvez sejam demais... Sejam arrogantes demais para este mundo a cada dia menos suportável. Insuportáveis para esta vida efêmera, passageira e algumas vezes, cruel e nada generosa com muitas pessoas... Mas posso dizer que apesar de tudo, a vida me foi generosa. E gostaria que ela ensinasse e fosse tão generosa quanto, a todo e qualquer ser humano: dando a capacidade de refletir sobre seus atos, seus pensamentos e sua própria existência... Triste é saber que faz parte das fraquezas humanas permanecer na ignorância e nunca descer do pedestal... O choro e o riso só são constantes para quem não entende que a vida é uma só e que dela, ninguém sai ileso...
Para refletir, deixo duas frases:
"Você vive hoje uma vida que gostaria de viver por toda a eternidade?" (Friedrich Nietzsche)
"Quando eu tinha 5 anos, minha mãe sempre me disse que a
felicidade era a chave para a vida. Quando eu fui para a escola, me
perguntaram o que eu queria ser quando crescesse. Eu escrevi “feliz”.
Eles me disseram que eu não entendi a pergunta, e eu lhes disse que eles
não entendiam a vida." (John Lennon)
Canção das mulheres (Lya Luft)
Que o outro saiba quando estou com medo, e me tome nos braços sem fazer perguntas demais.
Que o outro note quando preciso de silêncio e não vá embora batendo a
porta, mas entenda que não o amarei menos porque estou quieta.
Que o outro aceite que me preocupo com ele e não se irrite com minha
solicitude, e se ela for excessiva saiba me dizer isso com delicadeza ou
bom humor.
Que o outro perceba minha fragilidade e não ria de mim, nem se aproveite disso.
Que se eu faço uma bobagem o outro goste um pouco mais de mim, porque também preciso poder fazer tolices tantas vezes.
Que se estou apenas cansada o outro não pense logo que estou nervosa, ou doente, ou agressiva, nem diga que reclamo demais.
Que o outro sinta quanto me dóia idéia da perda, e ouse ficar comigo um pouco - em lugar de voltar logo à sua vida.
Que se estou numa fase ruim o outro seja meu cúmplice, mas sem fazer
alarde nem dizendo ''Olha que estou tendo muita paciência com você!''
Que quando sem querer eu digo uma coisa bem inadequada diante de mais pessoas, o outro não me exponha nem me ridicularize.
Que se eventualmente perco a paciência, perco a graça e perco a compostura, o outro ainda assim me ache linda e me admire.
Que o outro não me considere sempre disponível, sempre necessariamente
compreensiva, mas me aceite quando não estou podendo ser nada disso.
Que, finalmente, o outro entenda que mesmo se às vezes me esforço, não
sou, nem devo ser, a mulher-maravilha, mas apenas uma pessoa: vulnerável
e forte, incapaz e gloriosa, assustada e audaciosa - uma mulher.
Diante da vulnerabilidade humana, prazer... eu sou uma mulher chamada Rosana... UMA MULHER!
Post nada formal. Apena descontentamento com essa sociedade tão imbecilizada, que cultua coisas efêmeras, passageiras. Por tudo isso que digo que eu não sou, não me acho... Mas EU EXISTO e enxergo existência em vidas também... O mundo está realmente cego, fútil. Não nos esqueçamos que vamos todos ser alimentos de vermes. Viraremos carne podre.
Assisti a este filme pensando nisso. Acredito que a humanidade ainda chega neste retrocesso. Mas eu não quero estar viva. Costumo dizer que vivemos em um mundo idiotizado, a era do "nojinho", das caras e bocas, das felicidades de imagem e aparência e da ilusão da felicidade... O que vejo, na verdade, é muita gente hiponotizada por muitas coisas: televisão, programas pseudo-humorísticos, religião e uma política imbecil, onde o que mais se fala atualmente, é como tem que se tratar homossexuais... Precisamos de uma sociedade verdadeiramente inteligente. Curada desse hipnotismo que a paralisa, que a impede de pensar de maneira mais profunda acerca dos valores da vida. Uma sociedade fútil, superficial e exibicionista.
Ótimo documentário!
"Uma vida não examinada, não vale ser vivida."
Não me comparem aos "exércitos". Sou realmente diferente.
Não "chupem" nada. Reflitam. Usem o cérebro para usar melhor a boca!