segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Fraquezas Humanas e A Arte de Viver...

 Fraquezas humanas e a arte de viver... ou permanecer viva fazendo com que outros vivam...

 

Eu choro também... e tenho chorado muito nos últimos dias ao perceber o quanto somos vulneráveis, o quanto somos fracos e impotentes diante da estupidez com que se mostra a vida. Nascer já é um sofrimento que se percebe à medida em que se cria consciência da existência, pois a idéia de estar viva, traz a idéia estúpida do sofrimento da morte ou da perda. Mas o que seria a vida, se não fosse a morte?! E vice-versa. Por isso que penso muitas vezes, o quanto o ser humano é tolo. Sim, extremamente tolo: orgulho, arrogância, falsidade, desonestidade, preconceitos, violência... Se já temos a consciência de que nosso espaço na vida é curto, pra quê tanta besteira? Pra quê isso?! Considero a vida efêmera e temos que sair dela aproveitando o que for possível, sem que morramos por dentro... Infelizmente, algumas coisas nos matam por dentro e demora para que recuperemos o "fôlego". Eu não temo a morte, pois não tive medo de nascer e continuar encarando a vida mesmo com todas as pedras no caminho da vida, tropeços e corpo "pesado" para levantar do chão. Acho que aos poucos vou perdendo este peso existencial, de sentir o que é a vida, nua e crua e mesmo assim, mesmo que me arraste, enxergar as coisas com ternura, com paixão, com amor e empatia. Sou atéia, não acredito mesmo em nada. Porém, isso não faz de mim, mais ou menos infeliz. Pelo contrário, acredito ter ficado mais sensível, olhado mais para o interior das pessoas e com bastante empatia depois do meu rompimento com religião/fé. Pessoalmente, me considero bastante diferente da Rô atéia militante, convicta. Não que eu não seja convita, mas costumo ser dura e sincera em minhas palavras. Não há outra forma de viver a vida... Sinceridade sempre que possível. Grosserias, inevitável acontecerem... mas há um lado meu que muita gente se recusa a conhecer... Até falei hoje com uma pessoa sobre isso. Disse que sinto um profundo amor pela humanidade. Penso muitas vezes, que meu lugar é estar fazendo trabalho humanitário em lugares miseráveis e não fazer algo neste sentido, me faz sentir falta de algo, causa um vazio. Nunca falei sobre isso com ninguém, eu acho... mas acho que me sentiria mais feliz ajudando a quem realmente precisa. Ajudando os mortos em vida. Falo que rompi com a fé, mas não é verdade: Tenho fé... NOS SERES HUMANOS de boa vontade, limpos, éticos, generosos e gentis. Essa é minha fé. E penso que o mundo só não está pior, pela existência de pessoas assim. Ei, somos todos fracos. Sim, somos todos fracos uns sem os outros. E mesmo que haja muita desunião, muitas brigas por conta de EGOS inflados, somos fracos... Percebo isso cada vez mais, à medida que me passam os dias. Meu olhar não é indiferente ao mundo. Tampouco às pessoas. Quando penso nisso, penso em uma música... ela me faz chorar... Uma bela reflexão para pessoas que se enxergam em um topo que não existe...



Reconhecer as próprias fraquezas, admiti-las e tentar melhorá-las é ser realmente humano, descer do pedestal... Tem gente que se acha demais... E penso que talvez sejam demais... Sejam arrogantes demais para este mundo a cada dia menos suportável. Insuportáveis para esta vida efêmera, passageira e algumas vezes, cruel e nada generosa com muitas pessoas... Mas posso dizer que apesar de tudo, a vida me foi generosa. E gostaria que ela ensinasse e fosse tão generosa quanto, a todo e qualquer ser humano: dando a capacidade de refletir sobre seus atos, seus pensamentos e sua própria existência... Triste é saber que faz parte das fraquezas humanas permanecer na ignorância e nunca descer do pedestal... O choro e o riso só são constantes para quem não entende que a vida é uma só e que dela, ninguém sai ileso...

Para refletir, deixo duas frases:

"Você vive hoje uma vida que gostaria de viver por toda a eternidade?" (Friedrich Nietzsche)


"Quando eu tinha 5 anos, minha mãe sempre me disse que a felicidade era a chave para a vida. Quando eu fui para a escola, me perguntaram o que eu queria ser quando crescesse. Eu escrevi “feliz”. Eles me disseram que eu não entendi a pergunta, e eu lhes disse que eles não entendiam a vida." (John Lennon)


Obrigada aos que me lêem com carinho...

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